Farmacêutica está criando um ecossistema de inovação para o desenvolvimento de soluções digitais voltadas ao rastreio, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças
A Roche Brasil, que divide sua atuação entre o segmento farmacêutico e de diagnósticos, aposta na inovação aberta para desenvolver soluções voltadas ao futuro da saúde e do bem estar. Nos últimos anos, a gigante de saúde tem avançado na busca e construção conjunta para criar condições para um cuidado de saúde de ponta, com ampla acessibilidade e sustentabilidade, sem deixar nenhum paciente para trás, como destaca o Coordenador de Inovação da Roche, Bruno Leite Silva. “Acreditamos que a colaboração com diferentes agentes do ecossistema de saúde é fundamental para que possamos solucionar desafios do setor e construir um futuro melhor para a saúde do país”, diz.
Recentemente, a empresa deu mais um passo nessa direção ao estabelecer uma parceria com a Connext Health. Foi a partir do hub global de curadoria e inovação em saúde que a companhia conseguiu localizar 49 startups que estão inovando no diagnóstico, tratamento e prevenção do Alzheimer. Uma das atuais estratégias da Roche é voltada para buscar soluções que estejam conectadas à jornada dos pacientes e, no caso de Alzheimer, o diagnóstico é desafiador tendo em vista que ele é feito por meio de sintomas clínicos, quando a enfermidade já está em estágios mais avançados.
“Com a perspectiva da chegada de moléculas inovadoras que atuam no comprometimento cognitivo leve, o diagnóstico na fase inicial da doença através de ferramentas práticas e amplamente acessíveis pode ser fundamental para que os pacientes possam ter um novo horizonte”, explica Silva.
Um dos caminhos que o time de inovação da Roche traçou foi buscar soluções já existentes e que fossem capazes de detectar a doença nos estágios iniciais. “Quando fomos para o mercado, tivemos dificuldades em encontrar soluções que endereçassem essa dor”, lembra Silva.
Para ampliar o alcance de prospecção desses parceiros, a Roche buscou o apoio da Connext Health.
“Através da rede global que a Connext possui, encontramos 49 startups com soluções com foco no diagnóstico, tratamento e prevenção para a doença de Alzheimer. Entendemos que a parceria com a Connext nos proporciona uma interação direta com advisors que potencializam as conexões dos ecossistemas de ponta de forma a mapearmos de uma maneira mais ágil, dinâmica e prática”, avalia o Coordenador de Inovação da Roche Brasil.
Inovação aberta e colaboração
Desde 2015, a Roche tem um time de inovação que trabalha para desenvolver soluções que mantenham o perfil inovador da empresa. Silva contextualiza que, com uma visão global que busca gerar de três a cinco vezes mais benefícios aos pacientes, com 50% menos impacto aos sistemas de saúde, a empresa prioriza estratégias de acesso para, junto a seus parceiros, criar este amanhã.
A inclinação para a inovação aberta surgiu desse desafio e tem o papel de potencializar o desenvolvimento de soluções, combinando a trajetória da própria empresa com as inovações externas, por meio de parcerias com startups.
Hoje, a empresa visa aumentar a conexão e a colaboração com as startups. “Nosso processo começa com o mapeamento de desafios do cuidado em saúde junto aos nossos clientes, parceiros e outros agentes envolvidos”, explica. A partir de uma clara definição do problema ou oportunidade, a empresa busca startups do ecossistema de inovação.
Para o gestor, esse movimento é promissor. Entre os projetos que estão sendo conduzidos pela companhia, destacam-se parcerias em áreas como oncologia, neurologia e doenças raras. “Estamos apenas no começo, e acreditamos que essas iniciativas contribuem para nos ajudar a transformar o ecossistema de saúde do país”, relata.
Uma das parcerias desenvolvidas pela Roche Brasil foi com a Previneo, healthtech que atua na prevenção e diagnóstico precoce dos principais tipos de câncer que ocorrem no Brasil. O projeto PrevinHECI, desenvolvido a partir da parceria entre a companhia, a startup e o Serviço de Oncologia do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI), abrange quatro etapas de atendimento aos pacientes:
identificação (anamnese);
rastreamento, usando algoritmos para estratificação de riscos;
orientação;
e monitoramento, etapa em que são elaboradas estratégias para redução de riscos.
Transformar dados em inteligência
“Existe a máxima de que dados são o novo petróleo, e no setor de saúde representam uma revolução em curso”, reflete Silva sobre as perspectivas de futuro. “Tecnologias que nos auxiliam a gerar e gerir esses dados têm transformado a realidade de diagnóstico e tratamento de doenças.”
O gestor cita que, por meio dos dados, é possível desenvolver ferramentas de análise preditiva, que diminuem riscos e aumentam a eficácia dos tratamentos e das intervenções. “Para nós, o maior desafio está em como transformar os dados em inteligência para o setor, tornando o cuidado mais eficiente como um todo. Além de, claro, respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a segurança dos dados e do indivíduo”, diz.
A inovação e as parcerias com startups tem sido um caminho para que a Roche explore, ainda mais, o potencial das novas tecnologias. “Enxergamos uma grande oportunidade, inclusive temos algumas iniciativas, como a utilização da análise preditiva para melhorar o diagnóstico de doenças e fazer o encaminhamento correto do paciente.”
O cenário traçado por Silva é de uso cada vez mais direcionado dos dados para o diagnóstico preciso de doenças, inclusive raras. “Vemos muito valor no trabalho desenvolvido por startups que atuam nessa área. Desde aquelas que focam na captura e tratamento dos dados, até as que desenvolvem algoritmos que melhoram os desfechos clínicos.”
O apoio da Connext Health trouxe mais agilidade e precisão para os projetos de inovação da Roche. Quer saber como esse trabalho é desenvolvido na prática? Então, continue no nosso blog e descubra como buscamos parceiros de inovação para grandes empresas.
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