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Foto do escritorPedro Carrizo

Crescimento de startups de saúde no Brasil indica alta demanda por inovação

Atualizado: 1 de fev. de 2023



Não há dúvidas sobre as diversas oportunidades que o setor de saúde apresenta na área tecnológica com foco em inovação, e boa parte das respostas que esse mercado precisa está na conexão entre empresas e instituições consagradas com as startups.


Tanto isso é verdade que a presença das healthtechs tem crescido em todo território brasileiro nos últimos dois anos, conforme mostra o relatório elaborado pela PwC e a Liga Ventures, a partir dos dados da plataforma Startup Scanner. Já são 572 health techs mapeadas pela plataforma no Brasil, espalhadas em 113 cidades. De março de 2021 a março de 2022, houve um aumento de 32% no número de startups de saúde no país.


De acordo com o estudo "A evolução das startups no setor de saúde", o número de healthtechs ativas cresceu nos estados 13,7%, em média, entre o período de 2019 a 2021. São Paulo é o estado que concentra o maior número dessas empresas (50,13% do total de startups ativas no setor), seguido por Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Já os estados com maior crescimento relativo em número de startups ativas no mesmo período foram Espírito Santo (80%), Pará (50%) e Rio Grande do Norte (50%).


"Esse fator mostra que os empreendedores estão explorando oportunidades para melhorar a vida dos brasileiros menos assistidos e com acesso reduzido a serviços de saúde", afirma o relatório.


Os mercados possíveis para as healthtechs também são vastos, sendo registrado crescimento expressivo de empresas nas áreas de Planos e financiamentos (+8,31%), Gestão de processos (+7,81%), Exames e diagnósticos (+6,80%) e Buscadores e agendamentos (+6,55%), segundo dados coletados em março de 2022 pelo relatório da PwC, que separa as startups de saúde em 35 categorias.


Outro segmento que apresentou desenvolvimento importante foi o de meio de pagamento, que impacta as atividades diárias das organizações.


“Percebe-se que há mais tendência para B2B (50%) do que B2C (33,3%). Mesmo assim, entendemos que a visão B2B precisa de mais atenção, devido à complexidade de orquestração entre todos os players envolvidos”, acrescenta o estudo.


Sob o ponto de vista dos investidores, o mercado de tecnologia voltado à saúde tem atraído aportes e aquisições. O relatório mostra que foram realizadas oito aquisições entre março de 2021 e de 2022 envolvendo startups mapeadas nas categorias de Capacitação, informação e educação, Inteligência de dados, Monitoramento homecare, Gestão de processos, Gestão financeira e contábil e Armazenamento e análise de imagens. Ao todo, quatro compradores participaram dessas aquisições, levando em conta deals declarados publicamente.


Outro fator importante a ser analisado no crescimento do número de startups de saúde é o aspecto de evolução tecnológica. De 2015 a 2021, a maior alta (sob o ponto de vista da quantidade de startups) foi de empresas atuando com plataformas digitais, seguido pelo segmento de análise preditiva e inteligência artificial, o que revela um foco em melhorar a experiência do paciente.


Paralelamente, startups de saúde atuando no segmento de biotecnologia e de Internet das Coisas foram as que apresentaram menor crescimento no período.


“Em constante evolução e crescimento, o setor de saúde apresenta diversas oportunidades de desenvolvimento na área tecnológica com foco em inovação. A colaboração entre startups e os incumbentes do setor será fundamental, e cada vez mais presente, para transformar a qualidade dos serviços de saúde e melhorar a vida dos pacientes”, conclui o relatório da PwC.


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